NOSSA MISSÃO

Em 1965, diante da falta de presbíteros em diversas regiões do mundo, o Concílio Vaticano II insistiu na dimensão missionária do sacerdócio:

O dom espiritual, recebido pelos presbíteros na ordenação, não os prepara para uma missão limitada e determinada, mas sim para a missão imensa e universal da salvação, “até aos confins da terra” (At. 1, 8). [...] Lembrem-se, por isso, os presbíteros que devem tomar a peito a solicitude por todas as igrejas [...]. Para isso, podem ser erigidos com utilidade alguns seminários internacionais (Decreto sobre o ministério e a vida dos presbíteros, n°10).

Em 30 de setembro de 1988, durante um eucaristia com o Caminho Neocatecumenal, o papa João Paulo II enviou 72 famílias em missão no mundo inteiro, encorajando-os com essas palavras:

A família está em missão, e essa missão é fundamental para todos os povos, para a humanidade toda. É a missão do Amor e da Vida, é o teste munho do Amor e da Vida. Igreja Santa de Deus, não podes realizar a tua missão, não podes cumprir tua missão no mundo senão por meio da família e de sua missão! Família em missão, Trindade em missão!

Desde então, numerosas famílias foram enviadas no mundo pelos sucessores de Pedro. Os seminários “Redemptoris Mater” nasceram da necessidade de padres que possam acompanhar essas famílias em missão, como um fruto do Concílio Vaticano II. Em 1988, o primeiro seminário foi erigido em Roma. Na carta da Quinta-Feira Santa do ano de 1991, João Paulo II reconhecia nos seminários “Redemptoris Mater” a realização concreta do decreto sobre o ministério e a vida dos padres:

Essa ideia do Concílio encontrou uma realização nos seminários “Redemptoris Mater” onde se preparam os presbíteros para a nova evangelização, segundo o programa do Caminho neocatecumenal. Podemos dizer igualmente que se trata da aparição de uma nova forma de ministério: o missionário diocesano.

Hoje, os seminários “Redemptoris Mater” no mundo são mais de 100 e os sacerdotes já ordenados são mais de 2000.

Os seminários “Redemptoris Mater” não são seminários do Caminho neocatecumenal, mas segundo os estatutos e as regras de vida, eles são verdadeiros seminários diocesanos, dependentes do Bispo. Os alunos desse colégio recebem a mesma formação teológica que em outros seminários da diocese. Eles fazem um ano de pastoral em uma paróquia como diáconos e dois anos na diocese como padres, antes que o Bispo possa enviá-los em missão. Porém, se o Bispo tem uma urgência na sua diocese, por exemplo em uma região particularmente difícil, ele pode dispor desses presbíteros, dado que eles são ordenados sem condição. Uma das características desses seminários “Redemptoris Mater” est a internacionalidade: os candidatos ao sacerdócio vêm do mundo inteiro. Isso manifesta concretamente a nova realidade anunciada pelo Cristianismo, no qual não há mais judeus, nem gregos, nem brancos, nem negros, mas uma nova criação, um homem celeste. Isso mostra a própria natureza desses seminários que preparam os evangelizadores para o mundo todo, dispostos a ir até os últimos confins da terra.

Outra particularidade é a união da formação sacerdotal com um itinerário de iniciação à vida cristão, da maneira efetuada no Caminho neocatecumenal. Os presbíteros são, antes de mais nada, batizados e, por isso, eles precisam de um caminho de fé para tornar-se cristãos adultos. 

A experiência mostra que esse itinerário, vivido em uma pequena comunidade, constitui uma grande ajuda para a maturação psicológica, afetiva e humana dos candidatos ao sacerdócio.